segunda-feira, 23 de março de 2009

Roda de diálogo: Sexualidade e Prevenção na vida das pessoas com deficiência.

Na próxima quinta-feira (26), às 15h, o GTP+ e a IS Unais realizam a Roda de diálogo: Sexualidade e Prevenção na vida das pessoas com deficiência. A portadora de deficiência intelectual, Mariana Amato, do projeto Pipas no Ar, de São Paulo, irá expor sua experiência de trabalho sobre sexualidade e prevenção. Para participar é necessário fazer inscrição pelo telefone do GTP+ (3231.0905), e trazer um quilo de alimento não perecível. As doações serão destinadas a Cozinha Solidária.

O que é? Roda de diálogo: Sexualidade e Prevenção na vida das pessoas com deficiência.

Data? 26 de março de 2009

Hora? 15h

Local? Sede da ONG GTP+. Rua Manoel Borba, 545, 1º andar - Boa Vista, Recife-PE.

Quem pode participar? Pessoas com Deficiência, Vivendo com HIV e AIDS e interessados no tema.

Inscrições? Pelo telefone do GTP+ - 3231.0905.
As pessoas inscritas devem trazer um quilo de alimento não perecível

sexta-feira, 20 de março de 2009

Lançamento da Campanha “Tuberculose e Aids: você precisa saber”



O Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose (24) será marcado pelo lançamento da campanha “Tuberculose e Aids: você precisa saber”, do Grupo de Trabalhos em Prevenção Posithivo, simultaneamente em Recife (PE) e no Rio de Janeiro (RJ). A partir de segunda-feira (23), os materiais de divulgação (folder, cartaz e banner) serão distribuídos para a população e em serviços do sistema de saúde. Além disso, acontecem oficinas, palestras e apresentações de peças teatrais. No Rio, será lançado no STOP TB, evento internacional sobre tuberculose.

Doença infecto-contagiosa, a tuberculose é a expressão primeira do quadro da AIDS. O bacilo da tuberculose se torna resistente em pessoas vivendo com HIV/Aids, pois, as células de defesa não conseguem destruí-lo. Apesar de provocar incapacidades físicas e levar a morte do paciente, é curável se tratada precocemente e adequadamente. De acordo com a coordenadora do projeto Adriana Vasconcelos, a campanha é inovadora e partiu da necessidade das pessoas que vivem com HIV/AIDS. “Surgiu de um processo participativo, durante oficinas desenvolvidas pelo GTP+, partiu da necessidade em abordar a tuberculose, sob o ponto de vista da co-infecção TB/HIV Aids”, disse. O Brasil registra por ano cerca de 80 mil novas notificações e 5 mil óbitos. O estado de Pernambuco, já chegou a registrar uma média de 4,5 mil novos casos de tuberculose por ano.


Sintomas da tuberculose - Tosse por mais de três semanas (21 dias), febre no fim da tarde, suor durante a noite, perda de peso, sensação de cansaço e falta de apetite. Nem sempre a doença apresenta todos os sintomas, a tosse por três semanas é o principal deles.


Programação:

23.03 – Segunda-feira

Em Recife:
Apresentação de Teatro e distribuição de materiais para pessoas com vulnerabilidade a co-infecção, no Hospital Correia Picanço.
Hora: 14h

No Rio de Janeiro:
Mesa Redonda no STOP TB. Apresentação dos projetos do GTP+. Apresentação do PROJETO de educação e comunicação em tuberculose intitulada por: ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO EM TUBERCULOSE, com a campanha “Tuberculose e AIDS, você precisa saber”.
Local: na esquina do Advocacy - Centro de Convenções Sul América.
Hora: 16h

Divulgação da Campanha em estande do Fundo Global Brasil
Local: no Centro de Convenções Sul América.
Hora: 13h


24.03 – Terça-feira

Em Recife:
Apresentação de Teatro e distribuição de materiais no Hospital Lessa de Andrade
Hora: 9h

O GTP+ participa da atividade da Coordenação Estadual de Tuberculose com apresentação teatral e a distribuição de materiais da campanha, na Praça do Diário – Centro do Recife.
Hora: 11h

25.03 – Quarta-feira


No Rio de Janeiro:
Evento comunitário na Rocinha. Os estandes na Rocinha vão estar disponíveis das 8h às 20h. A intenção é incentivar projetos comunitários em tuberculose, através do fortalecimento de lideranças comunitárias locais.


27.03 – Sexta-feira

Em Recife:
Roda de Diálogo TB/HIV/AIDS, no Hospital Correia Picanço.
Hora: 15h30


30.03 – Segunda-feira


Em Recife:
Distribuição de materiais para pessoas com vulnerabilidade a co-infecção no Hospital das Clínicas.
Hora: 13h

quinta-feira, 12 de março de 2009

Artigo: O impacto da AIDS na vida das mulheres

Este 08 de março, Dia Internacional da Mulher, dedico àquelas que lutam no anonimato do cotidiano por autonomia e garantia de direitos a uma política de saúde. Que este direito não seja tratado como ausência de doença, e sim um conjunto de ações que garantam o bem estar social e econômico das mulheres.

Na sociedade machista e patriarcal que vive nós mulheres, além de toda responsabilidade que culturalmente já é transferida para a mulher, a pressão é ainda maior para as mulheres que vivem com HIV/AIDS. As dificuldades são as mais diversas, desde sensibilizar o seu parceiro ou companheiro ao uso do preservativo, pois mesmo diante da sorologia positiva ao HIV da parceira, muitos se recusam a usar o preservativo, ao enfrentamento do preconceito sofrido por elas e seus familiares na sociedade.

A reprodução desses valores interfere na política pública, e conseqüentemente dificulta cada vez mais o acesso à assistência e a um atendimento de qualidade às mulheres vivendo com HIV/AIDS nos serviços de saúde. Há um Plano Nacional de Enfrentamento de Feminização da AIDS no país, que ainda não foi implementado em Pernambuco, o que distancia ainda mais uma política específica voltada às mulheres vivendo com HIV/AIDS.

Dados do Ministério da Saúde revelam que 72% das brasileiras com mais de 50 anos não usam camisinha com parceiros casuais. O que significa que culturalmente a iniciativa na relação sexual, quando se trata do prazer é do homem, mas se tratando de prevenção, a cobrança é sempre para a mulher. Há nesses casos uma transferência de responsabilidade desigual na hora da relação, o que deixa a mulher em situação de maior vulnerabilidade à infecção pelo HIV. Segundo o último Boletim Epidemiológico do Estado de Pernambuco, de 1983 a 2008, foram notificados 3.963 casos do sexo feminino.

Para entender a dificuldade da negociação do uso do preservativo, é preciso reconhecer o contexto social que deixam as mulheres nesta situação: a falta de autonomia das mulheres com o próprio corpo, a ausência de informação sobre as doenças sexualmente transmissíveis, a relação desigual de poder entre homens e mulheres. É dever do Estado criar subsídios para que essas mulheres possam se sentir autônomas para essa negociação, garantindo a intersetorialidade das políticas de saúde, educação, geração de emprego e renda, segurança, entre outras. É um direito de todos e todas se apropriarem desta discussão, entendendo que a AIDS é um problema social.


Josefa Conceição, Articuladora Política do GTP+

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