Artigo: O impacto da AIDS na vida das mulheres
Este 08 de março, Dia Internacional da Mulher, dedico àquelas que lutam no anonimato do cotidiano por autonomia e garantia de direitos a uma política de saúde. Que este direito não seja tratado como ausência de doença, e sim um conjunto de ações que garantam o bem estar social e econômico das mulheres.
Na sociedade machista e patriarcal que vive nós mulheres, além de toda responsabilidade que culturalmente já é transferida para a mulher, a pressão é ainda maior para as mulheres que vivem com HIV/AIDS. As dificuldades são as mais diversas, desde sensibilizar o seu parceiro ou companheiro ao uso do preservativo, pois mesmo diante da sorologia positiva ao HIV da parceira, muitos se recusam a usar o preservativo, ao enfrentamento do preconceito sofrido por elas e seus familiares na sociedade.
A reprodução desses valores interfere na política pública, e conseqüentemente dificulta cada vez mais o acesso à assistência e a um atendimento de qualidade às mulheres vivendo com HIV/AIDS nos serviços de saúde. Há um Plano Nacional de Enfrentamento de Feminização da AIDS no país, que ainda não foi implementado em Pernambuco, o que distancia ainda mais uma política específica voltada às mulheres vivendo com HIV/AIDS.
Dados do Ministério da Saúde revelam que 72% das brasileiras com mais de 50 anos não usam camisinha com parceiros casuais. O que significa que culturalmente a iniciativa na relação sexual, quando se trata do prazer é do homem, mas se tratando de prevenção, a cobrança é sempre para a mulher. Há nesses casos uma transferência de responsabilidade desigual na hora da relação, o que deixa a mulher em situação de maior vulnerabilidade à infecção pelo HIV. Segundo o último Boletim Epidemiológico do Estado de Pernambuco, de 1983 a 2008, foram notificados 3.963 casos do sexo feminino.
Para entender a dificuldade da negociação do uso do preservativo, é preciso reconhecer o contexto social que deixam as mulheres nesta situação: a falta de autonomia das mulheres com o próprio corpo, a ausência de informação sobre as doenças sexualmente transmissíveis, a relação desigual de poder entre homens e mulheres. É dever do Estado criar subsídios para que essas mulheres possam se sentir autônomas para essa negociação, garantindo a intersetorialidade das políticas de saúde, educação, geração de emprego e renda, segurança, entre outras. É um direito de todos e todas se apropriarem desta discussão, entendendo que a AIDS é um problema social.
Na sociedade machista e patriarcal que vive nós mulheres, além de toda responsabilidade que culturalmente já é transferida para a mulher, a pressão é ainda maior para as mulheres que vivem com HIV/AIDS. As dificuldades são as mais diversas, desde sensibilizar o seu parceiro ou companheiro ao uso do preservativo, pois mesmo diante da sorologia positiva ao HIV da parceira, muitos se recusam a usar o preservativo, ao enfrentamento do preconceito sofrido por elas e seus familiares na sociedade.
A reprodução desses valores interfere na política pública, e conseqüentemente dificulta cada vez mais o acesso à assistência e a um atendimento de qualidade às mulheres vivendo com HIV/AIDS nos serviços de saúde. Há um Plano Nacional de Enfrentamento de Feminização da AIDS no país, que ainda não foi implementado em Pernambuco, o que distancia ainda mais uma política específica voltada às mulheres vivendo com HIV/AIDS.
Dados do Ministério da Saúde revelam que 72% das brasileiras com mais de 50 anos não usam camisinha com parceiros casuais. O que significa que culturalmente a iniciativa na relação sexual, quando se trata do prazer é do homem, mas se tratando de prevenção, a cobrança é sempre para a mulher. Há nesses casos uma transferência de responsabilidade desigual na hora da relação, o que deixa a mulher em situação de maior vulnerabilidade à infecção pelo HIV. Segundo o último Boletim Epidemiológico do Estado de Pernambuco, de 1983 a 2008, foram notificados 3.963 casos do sexo feminino.
Para entender a dificuldade da negociação do uso do preservativo, é preciso reconhecer o contexto social que deixam as mulheres nesta situação: a falta de autonomia das mulheres com o próprio corpo, a ausência de informação sobre as doenças sexualmente transmissíveis, a relação desigual de poder entre homens e mulheres. É dever do Estado criar subsídios para que essas mulheres possam se sentir autônomas para essa negociação, garantindo a intersetorialidade das políticas de saúde, educação, geração de emprego e renda, segurança, entre outras. É um direito de todos e todas se apropriarem desta discussão, entendendo que a AIDS é um problema social.
Josefa Conceição, Articuladora Política do GTP+
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