quarta-feira, 31 de março de 2010

Comunicação e ética é o que espera a comunidade em pesquisas


A oficina de Boas Práticas de Participação Comunitária, realizada nos últimos dois dias (29 e 30 de março) em Recife, reafirmou a necessidade de tornar referência o documento da UNAIDS, como ponto de partida para o cumprimento da ética em pesquisas de HIV e Aids. Para as 20 representações da sociedade civil organizada, de Fóruns, Redes e membros do Comitê Comunitário de Acompanhamento de Pesquisas Clínicas em HIV (CCAP-PE), o documento colabora para um avanço na discussão de Vacinas.

O documento da UNAIDS, que é destinado especialmente para pesquisadores, é para a comunidade um orientador para pensar as suas ações, e que pode servir também para entender melhor o universo da ciência. O documento trata da excelência científica e a integridade ética na pesquisa, a clareza de funções e as responsabilidades tanto dos pesquisadores como também da comunidade, a autonomia, a transparência dos protocolos de pesquisa, entre outros. Durante a discussão, foram levantadas questões importantes com relação aos voluntários de pesquisa, como: a falta de retorno e comunicação no fim da pesquisa, as normas de prevenção, mecanismos para garantir o respeito com os voluntários.

Para a oficineira e pesquisadora Gabriela Calazans, do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids–SP (CRT-SP), há dois grandes desafios a serem enfrentados hoje em pesquisas em HIV. Uma delas é a necessidade de desenvolver estratégias de educação e compartilhar conhecimentos com a comunidade. “A outra é de convencer pesquisadores principalmente da biomedicina do valor da participação comunitária, da aproximação, para contribuir no avanço da ciência”, completou.

Os integrantes do CCAP-PE afirmaram a necessidade de construir um documento nacional que indique boas práticas de participação comunitária, baseada em pontos importantes do documento da UNAIDS. "É um desafio aproximar a acadêmia da comunidade. Um documento de negociação com a acadêmia abriria portas para essa aproximação", disse Gleyce Gueiros, representante da Diaconia-PE no CCAP-PE.

Também participou do encontro Rubens Raffo, da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV+ POA - RS, que levará a experiência para o seu Estado. “Espero que essa oficina no RS sirva para unir e aderir mais pessoas a esse tema, que ainda é tão difícil a adeção por parte da comunidade”, disse. Além disso, pretende criar outros métodos para que a discussão vá além do que já foi discutido em Pernambuco, principalmente na participação comunitária que se refere aos Centros de Ética de Pesquisas.

Este evento foi uma parceria entre o Grupo de Incentivo à Vida (GIV) de São Paulo e o Grupo de Trabalhos em Prevenção Posithivo (GTP+) de PE, com o apoio do CCAP-PE, da AVAC (Aids Vaccine Advocacy Coalition) , CRT-SP (Centro de Referência e Treinamento DST/Aids - Secretaria Estadual de Saúde –SP), e também do Programa Estadual de DST/Aids de PE.

Movimento LGBT da África do Sul articula ação contra homofobia na Copa do Mundo

O setor LGBT da África do Sul está articulando uma ação contra a homofobia para o período da Copa Mundial de Futebol, em junho e pedem nosso apoio e solidariedade.

O objetivo é mobilizar os vários setores da sociedade civil organizada, os poderes públicos e a mídia para apoiarem a campanha que pretende envolver a seleção brasileira e a seleção sul-africana em um ato de solidariedade contra a homofobia.

A campanha 070707 agrega uma rede nacional de mais de 25 organizações da África do Sul que abordam os altos índices de medo, intimidação, falta de segurança e a falta de liberdade enfrentada pelas lésbicas, assim como gays, bissexuais, transgêneros e pessoas intersex sul-africanas (setor LGBT).

A Aliança foi criada em resposta direta ao assassinato brutal de duas mulheres lésbicas, Sizakele Sigasa e Salome Masooa, em 07 de julho de 2007. Em 2008 Eudy Simelane, ex-jogador de futebol da Seleção Nacional Sul-africana de Mulheres, Banyana Banyana, foi brutalmente estuprada e assassinada por ser lésbica. O sonho dela era ser um árbitro de futebol nessa Copa do Mundo.

O GTP+ adere esta campanha e está a disposição para informar de como apoiar essa idéia. Informações pelo e-mail: gtp@gtp.org.br ou pelo telefone: (81) 3231.0905.

Campanha vai incentivar beneficiárias do Bolsa Família a fazer teste de HIV

O governo lança hoje (31) campanha para incentivar beneficiárias do programa Bolsa Família a realizar o teste de HIV. As mulheres poderão realizar os exames nos centros de Referência de Assistência Social (CRAs).

Um dos objetivos é realizar encontros e palestras de orientação sobre as formas de contágio da doença e de prevenção, além da distribuição de preservativos. As mulheres são o grande foco da campanha pois, em 92% dos registros, o benefício do programa é repassado a elas.

Na última década, o número de casos da doença entre mulheres aumentou em relação aos homens. De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, a taxa de incidência de aids em mulheres com mais de 50 anos de idade passou de 5,2 para 9,9 por grupo de 100 mil habitantes. Outro dado revela que 75% delas não usam camisinha, contra 57% dos homens.

A campanha é conduzida pelos ministérios da Saúde, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres.

Fonte: Da Agência Brasil

sexta-feira, 26 de março de 2010

Participação Comunitária é tema de oficina em Recife

De 29 a 30 de março, o Grupo de Incentivo à Vida (GIV) de São Paulo e o Grupo de Trabalhos em Prevenção Posithivo (GTP+) de Pernambuco realizam em Recife uma oficina sobre o documento da UNAIDS de Boas Práticas de Participação Comunitária em Pesquisas em HIV. Participam deste momento 20 representações da sociedade civil organizada, de Fóruns, Redes e membros do Comitê Comunitário de Acompanhamento de Pesquisas Clínicas em HIV (CCAP-PE).

O objetivo deste encontro é avaliar documento da UNAIDS, que sugere mecanismos de participação comunitária em pesquisas sobre HIV e Aids. Este evento é uma parceria entre o Grupo de Incentivo à Vida (GIV) de São Paulo e o Grupo de Trabalhos em Prevenção Posithivo (GTP+) de Pernambuco, com o apoio do CCAP-PE, da AVAC (Aids Vaccine Advocacy Coalition) , CRT-SP (Centro de Referência e Treinamento DST/Aids - Secretaria Estadual de Saúde –SP), e também do Programa Estadual de DST/Aids PE.

UFPE pode ganhar centro de vacinas

Saúde // Pesquisadores querem produzir células que devem revolucionar tratamentos de câncer, hepatite, doenças autoimunes e do vírus HIV


Entre tubos de ensaio, doses de paciência e laboratórios silenciosos, pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) conseguiram dar condições ao Recife de ganhar um centro de referência nacional para produção de "células dendríticas".

O nome pouco popular e esquisito é um passo para se produzir vacinas e revolucionar o tratamento de pessoas que têm câncer, hepatite, doenças autoimunes e até mesmo o vírus HIV. O feito inédito já foi aprovado na comunidade científica internacional. As células dendríticas funcionam como fiscais imunológicos do organismo e apresentam os corpos estranhos para serem combatidos e eliminados pelos anticorpos. Quando elas não funcionam, a doença se alastra sem combate eficiente.

A descoberta é um avanço na ciência e representa esperança para várias pessoas que passam por tratamentos longos e debilitantes, alguns que levam à morte. Hoje, o departamento de genética da UFPE, sob a coordenação de Sergio Crovella, tem tecnologia suficiente para produzir a célula dendrítica, principal insumo de futuras vacinas. O domínio da técnica não garante a cura total dessas enfermidades, segundo informou o pesquisador. Mas a vacina produzida com este componente sanguíneo vai fortalecer a imunidade do paciente e, no caso do HIV, por exemplo, impedir o desenvolvimento dos sintomas da Aids.

Segundo Crovella, o objetivo mais urgente, agora, é conseguir recursos para expandir as pesquisas e implantar o centro de referência, orçado em R$ 9 milhões. Parece um valor exorbitante, mas não se levada em conta a melhora da qualidade de vida dos pacientes e a redução dos custos terapêuticos. Só no Brasil, o Ministério da Saúde estima que existem 630 mil pessoas infectadas pelo HVI, além de 200 mil com sintomas da doença e já em tratamento pelo Sistema Único de Saúde. Já em Pernambuco, segundo a Secretaria estadual de Saúde, de 1983 até agora, o estado registrou 14 mil casos de Aids, sendo que 5.232 pessoas morreram. "A proposta do laboratório é avaliar as características genéticas do paciente contaminado, assim como melhorar a produção da vacina em fase de estudo desde 2001", pontuou o coordenador.

E por que se falar tanto em HIV e Aids, quando a descoberta vai beneficiar pacientes com vários tipos de doenças? A resposta vem de longe, desde 2001. Começou a partir de um estudo inédito realizado para se criar, na própria UFPE, uma vacina capaz de deixar o organismo imune ao HIV. No ano passado, o maior passo foi dado quando os cientistas da UFPE conseguiram identificar dois gens capazes de reforçar a imunidade do organismo, o MBL2 e o NOS1. Eles perceberam que a falta dessas proteínas no DNA de alguns pacientes impediu a eficácia da vacina que continha a célula dendrítica saudável, mas esperam levar as pesquisas adiante para solucionar as deficiências encontradas.

Todos esses detalhes foram apresentados, ontem, num evento realizado no auditório do Centro de Ciências Biológicas da UFPE, com a presença de estudantes, pesquisadores e do vice-reitor, Gilson Edmar. Os pesquisadores deixaram clara a preocupação com o futuro, porque os estudos do componente sanguíneo precisam avançar e entrar na segunda fase. "Estamos organizando um laboratório dedicado exclusivamente à produção em larga escala de células dendríticas para serem usadas em terapias vacinais", observou Crovella.

Saiba mais

- A pesquisa para desenvolver a vacina terapêutica começou em 2001 com o objetivo de auxiliar o tratamento do HIV e deixar os pacientes imunes ao vírus. A descoberta de como produzir a célula dendrítica saudável pode ajudar em outras doenças.

- O primeiro passo para desenvolver a vacina foi a montagem da infraestrutura no Instituto de Pesquisa em Imunoterapia de Pernambuco (Ipipe), localizado no Laboratório de Imonopatologia Keizo Asomi (Lika). O local é chamado de NB3.

- A estratégia original do estudo consiste na retirada de uma quantidade de células dendríticas (componentes do sistema imunológico que acusam a presença de invasores às células de defesa) e do vírus do paciente.

- A vacina passou por todos os testes pré-clínicos com modelos in vitro e em modelos animais. Em seguida, foram realizados estudos com 18 pessoas portadoras de HIV voluntárias. Nesse período, a vacina fez efeito em oito dos pacientes pesquisados.

- Há um ano e meio, a equipe de pesquisadores da UFPE passou a estudar as razões pelas quais a vacina não surtiu efeito em 10 dos 18 pacientes. Estudaram o DNA dos doentes, 778 variações do genoma e descobriram que, onde não houve respostas, havia falta dos gens MBL2 e NOS1.

- A partir da segunda fase da pesquisa, a perspectiva é chegar perto dos 100% de redução da carga viral dos pacientes. Nesse processo, serão reforçados os conceitos provados na fase I. Além de receber apoio da USP, a UFPE também contará com o apoio da UFRJ e do Lika.

Fonte: Sergio Crovella e Ascom/UFPE


Estudos chegam à segunda fase

Os gens MBL2 e NOS1 apresentam um papel importante no estudo da vacina que será feita em parceria entre a UFPE e a Universidade de São Paulo, com o objetivo de melhorar a imunidade dos pacientes e impedir o desenvolvimento de doenças. O primeiro tem capacidade de controlar a replicação do vírus, enquanto o segundo participa ativamente do processo de maturação das células dendríticas. A descoberta será necessária na segunda fase da pesquisa que contará com a participação de 50 voluntários portadores de HIV, sendo os testes realizados em São Paulo. A seleção ainda não teve início.

A pergunta que todos querem saber, contudo, ainda não pode ser conhecida. O professor do departamento de genética da UFPE e coordenador da pesquisa, Sergio Crovella, disse que não há data prevista para que a vacina chegue aos hospitais e ao Sistema Único de Saúde. Só a primeira fase de estudos tem previsão de durar dois anos. Ele frisou, no entanto, que o importante é focar no que já existe: o domínio da UFPE na produção de células dendríticas. "A chave da vacina é a preparação da célula dendrítica e a identificação do patrimônio genético do paciente. Queremos criar, no Recife, um lugar para produção de células que serão usadas em terapia vacinal", observou.

Segundo o diretor do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami, José Luiz de Lima Filho, até o momento a UFPE só dispõe de cerca de R$ 600 mil para expandir o NB3, um laboratório de segurança máxima onde a pesquisa da vacina terapêutica começou a ser pesquisada. "Estamos esperançosos nos investimentos, por conta das lei que permite parcerias público-privadas. Qualquer doação para esse estudo será bem-vinda", declarou.

A produção da dendrítica segue alguns passos. Primeiro, é retirada uma célula do sangue do paciente chamada de monócito, que é a célula dendrítica imatura. Em seguida, o pesquisador retira uma amostra do vírus HIV do paciente, isola em laboratório e a deixa inativa. Depois, ele mistura in vitro o vírus inativo com a célula dendrítica imatura. Quando ela reconhece o vírus, que não consegue destruí-la, amadurece e o processa. Dessa forma, já transformada em vacina, pode ser injetada no paciente para evitar o desenvolvimento dos sintomas da doença.

Fonte: Diário de Pernambuco (26.03.2010)

quinta-feira, 25 de março de 2010

Fique por dentro: Pessoas que vivem com HIV/aids serão vacinadas contra o Vírus da Influenza A (H1N1)

Vacinação de portadores de doenças crônicas está incluída na 2ª Etapa da campanha do Ministério da Saúde, que começa em 22 de março.

O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde orienta as pessoas que vivem com HIV/aids a procurarem os postos no período de 22 de março a 2 de abril, quando será realizada a 2ª Etapa de Vacinação contra o Vírus da Influenza A (H1N1).
Nesta segunda etapa, serão vacinados os portadores de doenças crônicas, incluindo "pacientes com imunodepressão por uso de medicação ou relacionada" a este tipo de enfermidade. No mesmo período, haverá também a vacinação de gestantes e crianças com idades desde os seis meses até as que não tenham completado dois anos ainda.

As pessoas que vivem com HIV/aids devem ser vacinadas, independentemente de sua contagem de linfócitos T CD4+. Ao se dirigirem aos locais de vacinação, precisam informar que possuem uma doença crônica, não sendo necessária a revelação de seu diagnóstico por ser resguardado o direito ao sigilo e à confidencialidade.

Segundo nota técnica do Ministério da Saúde divulgada em 11 de março, os serviços de atendimento devem recomendar às pessoas vacinadas que não realizem a coleta de exames de carga viral e contagem de Linfócitos T CD4+ nas 4 semanas subsequentes à administração da vacina. Isto decorre da possibilidade de ocorrência do processo de "transativação heteróloga", pelo qual acontece a ativação do sistema imunológico, podendo alterar o resultado da contagem.

Serviço:
Data da 2ª Etapa de Vacinação: de 22 de março a 2 de abril.
Local: Postos de saúde com salas de vacinação de todo o país
Informações: nos sites www.saude.gov.br e www.aids.gov.br

Mais informações
Atendimento ao cidadão
0800 61 1997 e (61) 3315 2425

Fonte: www.saude.gov.br

quarta-feira, 24 de março de 2010

A feminização da AIDS é discutida em Audiência Pública

“Desde 1992 o número de mulheres que vivem com HIV vêm crescendo, isso significa que as políticas públicas não são suficientes. A violência contra a mulher é um dos fatores determinantes para tornar as mulheres ainda mais vulneráveis”, disse a Deputada Tereza Leitão, na Audiência Pública promovida pela GESTOS- Soropositividade, Comunicação e Gênero, sobre a epidemia da Aids e sua interface com a violência contra a mulher, na última terça-feira (23), na Assembléia Legislativa.

O evento contou com a participação de representantes da sociedade civil organizada e de pessoas vivendo com HIV/AIDS. Foram convidadas para compor a mesa, as deputadas Miriam Lacerda e Tereza Leitão, a representante da Secretaria Especial da Mulher do Estado, Rejane Leina e a fundadora da ONG Gestos, Alexandra Nilo. Durante a Audiência, foi notável a falta de outras secretarias do Estado, como a da Educação e de Saúde.

Sobre a interface dos dois problemas, Alexandra Nilo, fundadora da Gestos, estacou a escola como um espaço essencial para quebrar os ciclos de reprodução de uma cultura sexista. “A epidemia da Aids e a violência contra a mulher são ambos considerados problemas de saúde pública e direitos humanos. Ambos são crises sociais, e ocorrem sob a cultura do silêncio”, completou.

A representante da Secretaria Especial da Mulher, Rejane Leina, falou da importância das ações no campo da violência no “Plano de Prioridades para o Enfrentamento da feminização da Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis”. O Plano que também abrange as transexuais será lançado pelo governo do Estado no dia 31 de março deste ano.

Epidemia da AIDs e violência - De acordo com a UNAIDS, até 70% das mulheres no mundo todo sofrem violência, e esses maus tratos prejudicam a capacidade destas mulheres de negociar relações sexuais seguras com seus parceiros, aumentando a chance de contaminação pelo HIV.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Quartas Cine do GTP+ exibe "Juntos Pela Vida"

Dia 31 de Março, a Quartas Cine do GTP+ exibe o filme "Juntos Pela Vida". Uma empolgante história da jornada de uma mulher à beira da auto-destruição e do desespero, e sua inspiradora luta para reconquistar sua dignidade e sua família. Ana é uma portadora do vírus HIV, ex-drogada do Brooklyn, que luta desesperadamente contra seu passado e para acertar as coisas em sua vida. Para tanto, se envolve com um grupo de voluntários que dão suporte à pessoas como ela. Inspirado em fatos reais, Juntos Pela Vida é um conto tocante sobre amor, perda e perseverança.

Antes da exibição do filme, haverá um debate sobre a situação da Aids nos Estados Unidos, com Emma Arnold. A Quarta Cine acontece toda última quarta do mês, a entrada é apenas R$ 1,00, com direito à pipoca e refrigerante.

Você está convidado para a sessão! Venha, participe!

Serviço:
O que? Quartas Cine do GTP+
Quando? Quarta-feira - 31 de março de 2010
Preço? R$ 1,00, com direito à pipoca e refrigerante.
Hora? 16h
Local? Espaço Índia , sede do GTP+

terça-feira, 16 de março de 2010

O GTP+ apoia o Manifesto 1ª Marcha Nacional contra a Homofobia - 1º Grito Nacional pela Cidadania LGBT e Contra a Homofobia

Manifesto

1ª Marcha Nacional contra a Homofobia - 1º Grito Nacional pela Cidadania LGBT e Contra a Homofobia

A Direção da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais -ABGLT, reunida em 02 de março de 2010, resolveu convocar todas as pessoas ativistas de suas 237 organizações afiliadas, assim como organizações e pessoas aliadas, para a I Marcha Nacional contra a Homofobia, vinda de todas as 27 unidades da federação, tendo como destino a cidade de Brasília. No dia 19 de maio de 2010, será realizado o 1º Grito Nacional pela Cidadania LGBT e Contra a Homofobia, com concentração às 9 Horas, no gramado da Esplanada dos Ministérios, em frente à Catedral Metropolitana de Brasília.
Em 17 de maio é comemorado em todo o mundo o Dia Mundial contra a Homofobia (ódio, agressão, violência contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – LGBT). A data é uma vitória do Movimento que conseguiu retirar a homossexualidade da classificação internacional de doenças da Organização Mundial de Saúde, em 17 de maio de 1990.
No Brasil, todos os dias, 20 milhões de brasileiras e brasileiros assumidamente lésbicas, gays, bissexuais, travestis ou transexuais -LGBT têm violados os seus direitos humanos, civis , econômicos, sociais e políticos. “Religiosos” fundamentalistas, utilizam-se dos Meios de Comunicação públicos, das Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas, Câmara Federal e Senado para pregar o ódio aos cidadãos e cidadãs LGBT e impedir que o artigo 5º da Constituição federal (“todos são iguais perante a lei") seja estendido aos milhões de LGBT do Brasil. Sem nenhum respeito ao Estado Laico, os fundamentalistas religiosos utilizam-se de recursos e espaços públicos (escolas, unidades de saúde, secretarias de governo, praças e avenidas públicas, auditórios do legislativo, executivo e judiciário) para humilhar, atacar, e pregar todo seu ódio contra cidadãos e cidadãs LGBT.
O resultado desse ataque dos Fundamentalistas religiosos tem sido:
· O assassinato de um LGBT a cada dois dias no Brasil (dados do Grupo Gay da Bahia - GGB) por conta de sua orientação sexual (Bi ou Homossexual) ou identidade de gênero (Travestis ou Transexuais) ;
· O Congresso Nacional não aprova nenhuma lei que garanta a igualdade de direitos entre cidadãos(ãs) Heterossexuais e Homossexuais no Brasil;
· O Supremo Tribunal Federal não julga as Arguições de Descumprimento de Preceitos Fundamentais e Ações Diretas de Inconstitucionalida de que favoreçam a igualdade de direitos de pessoas LGBT no Brasil;
· O Executivo Federal não implementa na sua totalidade o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT;
· Centenas de adolescentes e jovens LGBT são expulsos diariamente de suas casas;
· Milhares de LGBT são demitidos ou perseguidos no trabalho por discriminação sexual;
· Travestis, Transexuais, Gays e Lésbicas abandonam as escolas por falta de uma política de respeito à diversidade sexual nas escolas brasileiras;
· Os orçamentos da união, estados e municípios, nada ou pouco contemplam recursos para ações e políticas públicas LGBT;
· O Ministério da Saúde, Secretarias Estaduais e Municipais precisam pactuar e colocar em prática a Política Integral da Saúde LGBT;
· As Secretarias de Justiça, Segurança Pública, Direitos Humanos e Guardas-Municipais não possuem uma política permanente de respeito ao público vulnerável LGBT, agredindo nossa comunidade, não apurando os crimes de homicídios e latrocínios contra LGBT e nem prendendo seguranças particulares que espancam e expulsam LGBT de festas, shoppings, e comércio em geral.

A 1ª Marcha Nacional LGBT exige das autoridades Públicas Brasileiras:

Garantia do Estado Laico (Estado em que não há nenhuma religião oficial, as manifestações religiosas são respeitadas, mas não devem interferir nas decisões governamentais)
Combate ao Fundamentalismo Religioso.
Executivo: Cumprimento do Plano Nacional LGBT na sua totalidade, especialmente nas ações de Educação, Saúde, Segurança e Direitos Humanos, além de orçamentos e metas definidas para as ações.
Legislativo: Aprovação imediata do PLC 122/2006 (Combate a toda discriminação, incluindo a homofobia).
Judiciário : Decisão Favorável sobre União Estável entre casais homoafetivos, bem como a mudança de nome de pessoas transexuais.

Viva a 1ª Marcha Nacional LGBT contra a Homofobia no Brasil
o 1º Grito Nacional pela Cidadania LGBT e Contra a Homofobia

terça-feira, 9 de março de 2010

Vacina contra HIV é destaque de Encontro em Pernambuco

Especialistas do Brasil e da África do Sul trocam experiências

Olinda – Intercâmbio entre Brasil e África do Sul por uma Vacina contra a AIDS é pauta no “Encontro de Vacinas Anti-HIV – Brasil e África do Sul”, promovido pelo Grupo de Trabalhos em Prevenção Posithivo (GTP+). O encontro começa no próximo dia 11 de março em Olinda e vai reunir até sábado (13) especialistas nacionais e internacionais para discutir temas como pesquisas em Vacinas Anti-HIV, tratamentos terapêuticos (complementares) e participação comunitária. É a primeira vez que o evento com foco em vacinas anti-HIV é realizado em Pernambuco.

Para o organizador do evento e coordenador do GTP+, Wladimir Reis, a realização do encontro em Recife é uma oportunidade para que pesquisadores e a sociedade civil organizada possam se comunicar e trocar experiências com especialistas da África do Sul e do Brasil. Participam do encontro a coordenadora Elisa Levendal, da SAAV, a Elizabeth Mills, da Universidade Cap Town, o Ntando Yola, da Fundação Desmund Tutu Trust; também marcam presença pesquisadores e doutores da UFPE, como Luiz Cláudio, Paulo Carvalho e Solange Rocha. Além de representantes governamentais como o coordenador Adjunto do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais, Eduardo Barbosa, a representante do Programa Estadual de DST/AIDS, Maria Goret Godoy. E também representantes da sociedade civil como Alexandre Menezes (IAVI), Juan Carlos (ABIA – RJ), Jorge Beloqui (GIV – SP), Mônica Barbosa (Projeto Praça Onze – RJ), Rubens Raffo (RNP+ -RS), Josefa Conceição (GTP+ - PE) e Josineide Menezes (Gestos – PE).

Entre as principais preocupações dos pesquisadores, inclusive no Brasil, são as estratégias de apoio a pesquisas em Vacinas. De acordo com a Iniciativa Internacional de Vacinas contra Aids (IAVI), o investimento global em pesquisas de vacinas anti-HIV é de US$ 960 milhões por ano. Atualmente, 46 estudos reúnem 25 mil voluntários em 23 países, incluindo o Brasil.

O Encontro de Vacinas Anti-HIV – Brasil e África do Sul ocorre em Olinda – Pernambuco. O evento é financiado pelo Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais, Programa Estadual de DST/AIDS, Coordenação Municipal de DST-AIDS Olinda - PE, IS - Serviço Internacional, IAVI e a Diaconia.
Programação:
11.03.2010
Quinta feira


15h – Credenciamento dos inscritos

18h – Abertura do Encontro

Wladimir Reis - Coordenador Geral do GTP+
Eduardo Barbosa - Coordenador Adjunto do Depart. de DST, AIDS e Hepatites Virais, do SVS - Ministério da Saúde.
Elise Levendal - SAAV - África do Sul
Maria Goret Godoy - PE-DST-AIDS
Cristina Menezes - Secretária Adjunta de Saúde de Olinda
Ntando Yola - Fundação Desmund Tutu Trust – África do Sul
Alexandre Menezes - IAVI

19h – Apresentação Cultural

20h30 – Jantar de confraternização

12.03.2010
Sexta-feira


9h – Mesa: Cenário de Vacinas Anti-HIV Brasil e África do Sul

Plano de Vacinas Anti-HIV – Brasil (2009-2012)
Palestrante: Alberto Duarte (Presidente do Comitê Téc. Assessor de Vacinas Anti-HIV).

Estratégia da África do Sul para apoio a pesquisa em Vacinas Anti-HIV
Palestrante: Elise Levendal (SAAV - África do Sul)

10h às 10h30 - Debate

Protocolo de pesquisa - Fase II - Vacina Terapêutica
Palestrante: Dr. Luiz Cláudio Arraes (UFPE)

Envolvimento Comunitário (Brasil - África do Sul)
Palestrante: Alexandre Menezes (IAVI)

Moderadora: Gleisy Gueiroz (Diaconia - PE)

11h30 às 12h - Debate

12h - Almoço

13h30 - Mesa: Participação Comunitária - Advocacy em Vacinas

Ativismo em Pesquisas
Palestrante: Juan Carlos (ABIA - RJ)

CCAP/PE (Comitê de Acompanhamento Comunitário de Pesquisas Clínicas em HIV)
Palestrante: Wladimir Reis (GTP+ - PE)

15h às 15h30 - Debate

15h30 - Lanche e Apresentação Cultural de Lampião e Maria Bonita

Ações das ONG’s Aids no Brasil
Palestrante: Jorge Beloqui (GIV - SP)

Participação Comunitária em Pesquisas Clínicas em HIV.
Palestrante: Ntando Yola (Fundação Desmund Tutu Trust - África do Sul)

Moderador: Alexandre Menezes (IAVI)

16h30 às 17h - Debate

17h - Encerramento

13.03. 2010
Sábado


9h – Mesa: Novos métodos de prevenção do vírus HIV e tratamentos complementares.

Circuncisão – Eficácia e Segurança
Palestrante: Jorge Beloqui (GIV-SP)

Profilaxia pré-exposição (PrEP).
Palestrante: Mônica Barbosa (Projeto Praça Onze - RJ)

10h às 10h30 - Debate

Novos métodos de prevenção do vírus HIV na África do Sul.
Palestrante: Elise Levendal (SAAV - África do Sul)

Tratamentos complementares para melhoria da qualidade de vida das PVHA
Palestrante: Dr. Paulo Carvalho (UFPE)

Moderador: Rubens Raffo (RNP+ - POA - RS)

11h30 às 12h - Debate

12h – Almoço
13h30 – Mesa: Pesquisas Comportamentais - troca de experiências (Brasil e África do Sul)

Mulheres e AIDS - Principais Questões (Brasil/África do Sul)
Palestrante: Solange Rocha (UFPE)

Vulnerabilidade e Desafios de Pesquisa Comportamental para Mulheres.
Palestrante: Elizabeth Mills (Pesquisadora -Universidade Cap Town – África do Sul),

A realidade brasileira de pesquisa em relação às mulheres com HIV
Palestrante: Josineide Menezes (Gestos - PE)

15h30 às 17h - Debate

Moderadora: Josefa Conceição (GTP+ - PE)

17h – Considerações Finais

17h30 – Apresentação Cultural e Encerramento

Cidadania Posithiva debate sobre a repercussão do HIV/Aids nas relações jurídicas para alunos de Escola de Enfermagem

Nesta manhã (09), as advogadas do projeto Cidadania Posithiva tiraram dúvidas de alunas e alunos da Escola de Enfermagem CESAR sobre a relação do profissional com o paciente que vive com o vírus HIV.
A convite da instituição de ensino, os alunos e alunas puderam ter uma idéia de como o profissional de saúde deve atuar com o paciente de HIV/Aids, no sentido de criar reflexões para os futuros profissionais. “Esse trabalho de sensibilização é essencial para que não haja a falta de ética profissional e a violação de direitos humanos para com as pessoas vivendo com HIV/Aids”, disse a advogada do projeto Sandra Rivera.
Além da palestra, Lampião e Maria Bonita, do Grupo de Teatro Turma da Prevenção, apresentaram uma enquete sobre a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e de HIV/Aids.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Grupo de Teatro do GTP+ faz ações de prevenção neste 8 de março

Em comemorações aos 100 anos do Dia Internacional da Mulher, o grupo de teatro do GTP+ “Turma da Prevenção” realiza duas atividades no 8 de março. Uma delas é a participação das Meninas Super Prevenidas, na passeata do movimento de mulheres, com a distribuição de camisinhas e informativos sobre prevenção. A passeata que deve juntar mais de 2 mil mulheres, começa às 13h, com concentração na Gervácio Pires, na Boa Vista – Centro do Recife.

A segunda ação é uma apresentação de Lampião e Maria Bonita para os funcionários da Empresa Lider Terceirização. Os atores Marcos França e Ednaldo Brandão irão explorar o universo das doenças sexualmente transmissíveis na relação de marido e mulher, o quanto às opressões de gênero refletem na vida das mulheres.

Feminização da Aids
- A primeira ocorrência da Aids em Pernambuco data de 1983 quando foi notificada no Hospital das Clínicas o primeiro caso em um jovem do sexo masculino. A partir de 1987, é que ocorreram os primeiros registros de casos da doença em mulheres e em crianças com menos de 13 anos. Até hoje já foram notificados 13.103 casos de Aids e muitas são as tendências observadas, destacando-se nos últimos anos o processo de “feminização”. Na razão de sexo que, em 1987, era de 32 casos em homens para cada mulher; hoje tem-se cerca de 2 casos em homens a cada mulher. (Fonte: Boletim Informativo – DST/Aids, dezembro 2009, Governo de Pernambuco).

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