sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Quartas do Cinema debate sobre a cultura da Índia

Na próxima quarta-feira (03), às 16h, o Quartas do Cinema terá a participação do geógrafo e escritor brasileiro João Avelar Lobato e de Susanna Pritchard, fotógrafa, responsavéis pelo livro "A Índia que eu Vi". Foram convidados para falar sobre a cultura da índia, cenário que se passa o filme "Quem Quer Ser um Milionário?", de Danny Boyle, que será exibido após o debate.
Jamal K. Malik (Dev Patel) é um jovem que trabalha servindo chá em uma empresa de telemarketing na Índia. Sua infância foi difícil, tendo que fugir da miséria e violência para conseguir chegar ao emprego atual. Um dia ele se inscreve no popular programa de TV "Quem Quer Ser um Milionário?". Inicialmente desacreditado, ele encontra em fatos de sua vida as respostas das perguntas feitas. O preço do ingresso será de R$1,00, que irá contribuir com a instituição.

Informações com Emma, pelo telefone: 81. 3231.0905.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

ONUAIDS chama países a revisarem ações para chegarem ao acesso universal

Com o intuito de impelir os países a avançarem nas ações de tratamento, prevenção, atenção e apoio e fazerem um balanço do que foi realizado, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/Aids (ONUAIDS) está solicitando que cada país avalie seus progressos e defina as dificuldades a serem superadas para que sejam alcançados os objetivos nacionais de acesso universal.
O convite foi feito a todos os países por Michel Sidibé, diretor executivo da ONUAIDS, quando em visita oficial a Botswana, na África. O diretor elogiou os avanços do país, que conseguiu ofertar tratamento antirretroviral a mais de 80% das pessoas que precisam. O país também foi lembrado por ter redobrado esforços na prevenção da transmissão materno-infantil e por ser um dos primeiros na África a adotar os objetivos para o acesso universal.
"O acesso universal à prevenção, ao tratamento, à atenção e ao apoio relacionados com o HIV consiste em conseguir a igualdade. É um movimento mundial que está salvando milhares de vidas", assinalou Sidibé. Na ocasião, o diretor executivo também lembrou que, pela desigualdade na evolução dos países, deve ser feito um balanço a fim de compreender quais ações estão sendo concretas e quais não estão funcionando.
Com o apoio da ONU, todos os países deverão iniciar o processo de consulta com governos, organizações não governamentais, movimentos de pessoas que vivem com HIV/Aids, grupos comunitários e com a sociedade civil. Após a realização das consultas mundiais, os dados gerados serão unidos em relatórios de progressos nacionais de 2010 e servirão de apoio para identificar os avanços e desafios e assim tentar atingir os objetivos do ano.
Feito isso, o próximo passo da ONUAIDS será organizar uma equipe que investigará todos os relatórios e fará recomendações para que cada país, de acordo com suas características e dificuldades, defina prioridades e avance rumo ao acesso universal. O resultado esperado após a consulta e comparação é que as ações de prevenção sejam intensificadas até que não se contabilize pessoas infeccionadas com HIV. A análise caso a caso também deverá orientar os países a reajustarem seus planos de acesso ao tratamento e a gerarem novas opções de tratamento.
Antes que sejam sugeridos avanços, as situações de desigualdade na evolução de cada país devem ser levadas em consideração. No caso do Brasil, o acesso ao tratamento ainda é deficiente se comparado com outras nações.
"O governo brasileiro não está tão ativo como nós esperávamos. Um processo que deveria ser dinâmico e eficaz está cheio de carências. As ações de prevenção são fracas assim como o cuidado com as pessoas que já vivem com HIV/Aids. Trazendo para a realidade de Pernambuco, temos dificuldade para marcar uma consulta, faltam médicos infectologistas e os hospitais de referência não tem mais capacidade para receber pacientes", esclarece Roberto Brito, Presidente da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids (RNP) de Pernambuco.
No ano de 2009, os estados membros das Nações Unidas firmaram, por meio de uma declaração, o compromisso com o acesso universal. Isso quer dizer que há um compromisso com a ação de fazer chegar à população de cada país, até 2010, iniciativas concretas e eficazes de prevenção, tratamento, atenção e apoio relacionadas com o HIV. Cada nação definiu metas e terá que cumpri-las para que o objetivo maior, o acesso universal, seja alcançado.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Lideranças no Congresso devem discutir amanhã (23) projeto de lei que torna crime a discriminação contra soropositivos

O projeto de lei 6124/2005 que criminaliza qualquer tipo de discriminação contra o portador do vírus da aids pode ser discutido amanhã (23) pelas principais lideranças na Câmara dos Deputados. A informação é do Fórum de ONG/Aids de São Paulo.

Manual de Comunicação LGBT fala sobre AIDS

A Associação Brasileira de, Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) lançou o “Manual de Comunicação LGBT”, que busca esclarecer as dúvidas dos profissionais de comunicação e da sociedade em geral sobre diversidade sexual e identidade de gênero.

A publicação tem um capítulo destinado à questão do vírus HIV e AIDS, e dá destaque a vulnerabilidade ao HIV, desmistificando o que há décadas seria uma doença exclusiva de gays. ”A vulnerabilidade ao HIV e às suas consequências são reforçadas por violações dos direitos à vida, à liberdade, à informação, à educação, à saúde e ao direito à igualdade (não-discriminação),
que têm impacto direto no poder de negociação destas comunidades e na redução de seu acesso aos serviços." (Resoluções do I Congresso da ABGLT, 2005).

O manual é voltado para profissionais, estudantes e professores da área de comunicação: jornalistas, radialistas, publicitários, relações públicas, bibliotecários, entre outros. O principal objetivo da ABGLT com esse lançamento é o de reduzir o uso inadequado e discriminatório de terminologias que afetam a cidadania e dignidade da população LGBT, seus familiares e amigos.

O manual busca ainda incentivar a produção de matérias, artigos, reportagens e entrevistas que tratem do respeito à diversidade sexual e justiça social e criar uma ferramenta capaz de auxiliar a cobertura jornalística com relação às temáticas LGBT. Ele possui também informações sobre as expressões técnicas de redação dos temas relacionados a lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

Embora o público alvo sejam os jornalistas, a idéia é que a publicação possa ser útil também para outros segmentos. Sua produção embasou-se em resoluções aprovadas no I Congresso da ABGLT e na I Conferencia Nacional LGBT. A publicação do manual recebeu o incentivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) e o seu conteúdo foi elaborado com base na relação já existente entre o movimento e a mídia, e ainda na realidade das redações.

Veja aqui o manual na íntegra.

Fonte: http://www.observatoriodegenero.gov.br/menu/noticias/manual-de-comunicacao-lgbt-1



sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Mercadores de Ilusões fazem ação de prevenção neste Carnaval

Nesta sexta-feira (12) a equipe do projeto Mercadores de Ilusões estarão na Conde da Boa Vista, a partir das 18h, distribuindo camisinhas e sensibilizando a população da importância do uso do preservativo para evitar DSTs e HIV/AIDS, e da gravidez indesejada. Com a presença das Meninas Super Prevenidas, que estão fazendo o maior sucesso entre as jovens neste Carnaval.

De acordo com o educador do GTP+, Marcos França, a idéia é que todos tenham acesso aos métodos de prevenção. “Nosso objetivo é sensibilizar, e incentivar as jovens a usar a camisinha sempre, não apenas no Carnaval. O preservativo é ainda um dos meios mais eficientes para evitar as doenças sexualmente transmissíveis”, disse Marcos França, educador do GTP+.

Segundo o último Boletim Epidemiológico da Aids e de Doenças Sexualmente Transmissíveis, divulgado em novembro de 2009 em Pernambuco, foram registrados o aumento de casos entre as mulheres em relação aos homens. Em 1987 era de 32 casos em homens para cada mulher, e hoje tem-se cerca de 2 casos em homens a cada mulher. A estimativa é de que existam 630 mil pessoas vivendo com o vírus HIV no Brasil. Até hoje já foram notificados 13.103 casos de Aids em Pernambuco.

Meninas Super Prevenidas no Galo da Madrugada

Amanhã (13), as três atrizes caracterizadas de irmãs DST (Dalva, Silvia e Tânia) marcam presença, a partir das 7h, no café da manhã do Galo da Madrugada. Os foliões irão receber camisinhas e informativos sobre as doenças sexualmente transmissíveis e o vírus HIV e Aids.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O GTP+ abre vagas na área de motorista, recepcionista e auxiliar de cozinha.

Vaga de Motorista

Perfil do profissional desejado:

- É preciso ter carro próprio.
- Disponibilidade para trabalhar 14h semanais.


Vaga de Recepcionista


Perfil do profissional desejado:

- 2º grau completo
- Tem que ser extrovertido(a), dinâmico(a).
- Experiência com máquina xérox e de fax.
- Disponibilidade para trabalhar 8h por dia.


Vaga de auxiliar de cozinha


Perfil do profissional desejado:

- 2º grau completo
- Experiência em cozinha comprovada
- Saber lidar com o público
- Disponibilidade para trabalhar das 7h às 16h.


O GTP+, em comprimento a sua missão institucional, aceita profissionais soropositivos ao HIV/Aids neste processo seletivo.

Profissionais interessados em participar da seleção devem enviar currículo para
dinogtp@gmail.com ou ligar 81. 3231.0905 (falar com Ednaldo Brandão) até 26 de fevereiro de 2010.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

As meninas super prevenidas (DST) invadem às ruas de Recife neste Carnaval

Campanha de prevenção do GTP+ pretende estimular o uso do preservativo

Uma campanha de prevenção as DSTs promovida pelo Grupo de Trabalhos em Prevenção Posithivo (GTP+) durante o carnaval deste ano vai priorizar os jovens. O motivo é o crescimento de casos da doença entre as mulheres e garotas nos últimos anos.

Durante quatro dias, a equipe de teatro vai às ruas distribuir camisinhas e informativos sobre as doenças sexualmente transmissíveis e o vírus HIV e Aids. Três atrizes caracterizadas de irmãs DST (Dalva, Silvia e Tânia) farão abordagens durante o Carnaval sobre as formas de contágio das doenças e os cuidados para a prevenção. Segundo o último Boletim Epidemiológico da Aids e de Doenças Sexualmente Transmissíveis, divulgado em novembro de 2009 em Pernambuco, foram registrados o aumento de casos entre as mulheres em relação aos homens. Em 1987 era de 32 casos em homens para cada mulher, e hoje tem-se cerca de 2 casos em homens a cada mulher. A estimativa é de que existam 630 mil pessoas vivendo com o vírus HIV no Brasil. Até hoje já foram notificados 13.103 casos de Aids em Pernambuco.

Segundo o coordenador do Grupo de Teatro Turma da Prevenção, do GTP+, Marcos França, a idéia é sensibilizar as jovens sobre as formas de prevenção e o cuidado com o corpo. As atividades fazem parte do projeto do Grupo de Teatro aprovado pelo edital público do Governo do Estado de Pernambuco, do Programa Estadual de DST e AIDS.



Programação:


06.02 (sábado)
Bloco da Ziza
Hora: 14h
Local: Mercado da Boa Vista

07.02 (domingo)
Bloco das Virgens de Olinda
Hora: 8h
Local: Praça 12 de março, Olinda.

11.02 (quinta-feira)
Hora: 8h
Local: Armação do Galo da Madrugada (Ponte)

13.02 (sábado)
Bloco Galo da Madrugada
Hora: 7h
Local: Forte das Cinco Pontas.

Inscrições abertas para o Encontro de Vacinas Anti-HIV (Brasil – África do Sul)

O Grupo de Trabalho em Prevenção Posithivo (GTP+) está realizando entre os dias 11 a 13 de março, o Encontro de Vacinas Anti – HIV (ENVAH) Brasil – África do Sul, em Olinda – PE, com o apoio do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais, do Edital de Eventos – primeiro semestre de 2010.
Palestrantes das mais diversas instituições governamentais e não governamentais (Brasil e África do Sul) estarão debatendo os avanços e os desafios de uma vacina anti-HIV. Temas como pesquisas de vacinas anti-HIV, pesquisas com populações de vulnerabilidade ao HIV (Mulheres e HSH), ética nas pesquisas, a importância da participação e envolvimento comunitário nas pesquisas, estarão em discussão no ENVAH.
O Encontro é destinado às representações das organizações não governamentais que atuam com a temática de vacinas Anti-HIV, em seus Fóruns e Redes Estaduais, pessoas vivendo com HIV/AIDS, profissionais de saúde e interessados na temática. Serão destinadas 27 vagas para as representações de fóruns e Redes Estaduais que já tenha participado de outra atividade sobre vacinas anti-HIV. Para o representante selecionado será garantido a inscrição, hospedagem e alimentação do dia 11.03 a partir das 12h, finalizando no dia 13.03 às 12h.

A Ficha de Inscrição pode ser solicitada pelo e-mail envah@gtp.org.br.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

HIV é um dos temas mais pesquisados no Brasil, destaca O Estado de S.Paulo

Câncer lidera estudo clínico no Brasil

Diabete também é um dos principais alvos de pesquisas com seres humanos; especialistas pedem mais incentivo

Fabiane Leite

Dados de um dos principais bancos de registros de estudos clínicos no mundo, com sede nos Estados Unidos, apontam que a maior parte das pesquisas no Brasil têm como alvo o câncer - com liderança para o de mama -, diabete, doenças do aparelho circulatório e estudos sobre HIV e aids. Juntos, concentram ao menos 25% dos trabalhos.

De 1.613 estudos clínicos (com seres humanos) no País registrados no banco de dados Clinical Trials , mantido pelo governo norte-americano, um terço ainda está recrutando pacientes. Apenas um estudo sobre dengue está registrado.

A maioria dos trabalhos é financiada pela indústria farmacêutica e trata de novas drogas. E são mais frequentes os estudos fases 3 e 4 - realizados quando o remédio está pronto, para verificação de eventos adversos e ambientação de drogas em novos mercados, e que recrutam um grande número de pacientes em diversos países.

Para especialistas, o perfil confirma a transição epidemiológica do Brasil - mais idosos e mais doenças crônicas e menos doenças infecciosas ligadas às más condições de vida -, além do interesse da indústria por áreas que dão mais lucro. E, ao mesmo tempo, também aponta para a necessidade de rediscutir a regulamentação, controle e incentivos para os estudos que visem a melhoria da saúde da população e avanço científico brasileiro.

O Ministério da Saúde, porém, promete alavancar a pesquisa no País (mais informações nesta página). "O Brasil ainda está na lanterna porque criou um sistema inadequado para pesquisa. Nos EUA há cerca de 50 mil estudos registrados", afirma Charles Schmidt, vice-presidente da Associação Brasileira de Organizações Representativas de Pesquisa Clínica, que reúne empresas que realizam estudos.

Dirceu Greco, professor de Clínica Médica da Universidade Federal de Minas Gerais, avalia que o sistema de aprovação de pesquisas garantiu uma blindagem contra abusos de pacientes em estudos no País. Mas vê, no perfil de trabalho feito aqui e no tipo de estudo mais frequente (fases 3 e 4), um indicador da necessidade de reavaliar os incentivos.

"A ideia é mudar o paradigma. Aqui se faz pouca pesquisa e muitos ensaios, projetos que não agregam valor ao País. Não faz diferença fazer um estudo desses aqui ou no Peru", diz Greco, que ajuda a coordenar uma rede nacional de pesquisas clínicas criada pelo ministério. Em trabalhos fases 3 e 4, os pesquisadores não participam do desenho do estudo, de análises mais sofisticadas de moléculas, o que ocorreria se participassem desde os primeiros passos da pesquisa.

"O perfil revela uma tendência mundial da indústria, que busca remédios para o mercado, oncologia, coisas para o envelhecimento. É muito importante, mas somos carentes de estudos para dengue, malária, em que a indústria não vai trabalhar, ela não é entidade beneficente", diz Schmidt.

COLABOROU ALEXANDRE GONÇALVES


Ensaios não chegam a gerar artigo científico

A maior parte dos ensaios clínicos de todo o mundo cadastrados no ClinicalTrials.gov, registro de pesquisa dos EUA, não gera artigos em revistas científicas. É o que mostra estudo da Public Library of Science Medicine que analisou 677 pesquisas do site. Apenas 46% dos testes clínicos já finalizados tiveram resultados publicados.

Os autores do estudo lamentam a não divulgação dos resultados. "A comunidade científica deveria priorizar a disseminação rápida e rigorosa dos resultados dos testes clínicos", aponta o trabalho. I

O porcentual de quem volta ao ClinicalTrials.gov para acrescentar o link dos resultados publicados é ainda menor: 31%.

Os autores argumentam que informações como esta são importantes para médicos e pacientes conhecerem, sem dificuldade, os resultados, positivos ou negativos. A.G.

Ministério diz que vai montar nova plataforma para controle de pesquisas

Fabiane Leite

O Ministério da Saúde promete para o primeiro semestre deste ano o início das operações de uma nova plataforma para controle ético de estudos clínicos. Também pretende fazer um registro de ensaios de livre acesso que acolha informações detalhadas e padronizadas sobre os trabalhos, capaz de abastecer uma plataforma internacional de pesquisas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os registros dos estudos em bancos de informação públicos e gratuitos são preconizados pela OMS como forma de garantir o controle social e evitar abusos, como trabalhos que coloquem em risco a saúde dos voluntários. Além disso, podem auxiliar doentes e pessoas sem possibilidades terapêuticas.

Também são um instrumento para o planejamento de estudos. Todos os ensaios clínicos no País têm de passar por comitês de ética em pesquisa locais. Estudos maiores, realizados em vários centros e por laboratórios multinacionais, entre outros, têm de passar pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), órgão de controle social do ministério.

E estudos de remédios e produtos para a saúde têm de ter aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Estima-se que ao menos 40 mil estudos passem pelos comitês e pela Conep anualmente, mas embora a comissão mantenha um sistema de registro de trabalhos, ela disponibiliza poucos dados ao público.

Já a base de dados do Clinical Trials (www.clinicaltrials.gov), do governo americano, traz apenas uma amostra do que é feito no Brasil. Porém, reúne estudos de maior peso, com pretensão de obter espaço nas principais revistas científicas. O acesso é livre.

A promessa é que os novos bancos de dados nacionais sobre pesquisas clínicas auxiliem também a acelerar a aprovação de estudos. "A palavra de ordem é transparência", diz Dalton Ramos, integrante da Conep. A Plataforma Brasil, sistema via internet que pretende permitir a submissão e avaliação de ensaios com mais transparência e agilidade, poderá começar a ser testada por comitês de ética ainda neste mês.

Leonor Pacheco, diretora do Departamento de Ciência e Tecnologia do ministério, destaca que até o fim de março o registro nacional de ensaios estará em operação piloto. Ela diz que a pasta investiu R$ 30 milhões para estruturar 32 centros de pesquisas nacionais e outros R$ 45 milhões para estimular a produção de novas drogas, em parceria com a indústria. "Em 2010 vamos dar um salto na descentralização das avaliações." Com maior transparência, a pasta e a Conep prometem descentralizar as avaliações éticas dos estudos, reivindicação da indústria, universidades e pesquisadores.



NÚMEROS

64% das pesquisas são fases 3 e 4

31% dos estudos são abertos para voluntários

55 dele já têm resultado



Fonte: Folha de S.Paulo

Campanha de prevenção à Aids promovida pelo Ministério da Saúde durante o carnaval deste ano vai priorizar o grupo de meninas de 13 a 19 anos.

Uma campanha de prevenção à Aids promovida pelo Ministério da Saúde durante o carnaval deste ano vai priorizar o grupo de meninas de 13 a 19 anos. O motivo é o crescimento de casos da doença entre as garotas dessa faixa etária nos últimos anos.
Segundo o último Boletim Epidemiológico da Aids e de Doenças Sexualmente Transmissíveis, divulgado em novembro de 2009, foram registrados mais casos entre as garotas dessa idade em relação aos meninos desde 1998. Atualmente, a cada 8 meninos infectados existem 10 casos de meninas. Antes, a proporção era de 10 mulheres para cada grupo de 15 homens.

Segundo o diretor-adjunto do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Eduardo Barbosa, a maioria dos jovens busca o preservativo na primeira relação sexual. Mas quando o relacionamento fica estável, o uso da camisinha é deixado de lado.

- Na medida em que vão tendo confiança no companheiro, [os jovens] abandonam o preservativo.

Com veiculação nas emissoras de televisão e rádio, a campanha vai orientar os jovens sobre as formas de contágio da doença e os cuidados para a prevenção, além da distribuição de camisinhas nos sambódromos e blocos de rua. O Ministério da Saúde já encomendou 1,2 bilhão de preservativos para ações da pasta no decorrer dos próximos dois anos, conforme Barbosa.

Uma das políticas do ministério para o público de 13 a 24 anos de idade é o programa Saúde e Prevenção nas Escolas, em que o estudante recebe orientações sobre o contágio, sintomas, prevenção, tratamento e como viver com o vírus HIV. Conforme Barbosa, 50.214 escolas públicas e particulares já integram o programa. Em 10 mil delas, o aluno pega o preservativo no próprio colégio. A decisão de distribuir ou não é tomada pela comunidade escolar.

Segundo a representante da Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/Aids, em São Paulo, Micaela Cyrino, poucas escolas da capital paulista entraram no programa. Ela atribui a baixa adesão às diferenças sociais na metrópole e o preconceito da sociedade em falar de sexo com adolescentes.

- As pessoas encaram como incentivo ao sexo e não como prevenção.

A estimativa é de que existam 630 mil pessoas infectadas com o vírus HIV no Brasil.


Fonte: Agencia Brasil

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