sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Pela primeira vez uma vacina experimental pode evitar o risco de infecção ao HIV


Um grupo de cientistas dos Estados Unidos e Tailândia apresentou esta semana uma vacina que reduz o risco de contágio da AIDS em 31,2% após haver realizado testes em 16 mil voluntários. Este avanço, provavelmente, vai atrair novos investimentos para o campo da vacina contra a AIDS. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), estão otimistas em relação aos resultados divulgados.


Apesar dos resultados dos testes serem um avanço, o grupo responsável pelo estudo destacou que é ainda prematuro falar de uma vacina universal contra o vírus causador da Aids. Ainda não se sabe, por exemplo, se os componentes da vacina estudada na Tailândia são aplicáveis em outras regiões do mundo onde os contextos genéticos são diferentes.


A vacina em testes começou em 2003 e é conhecida como RV 144 e mistura duas fórmulas genéticas que não tinham funcionado antes com humanos e que nesta ocasião protegeram 31,2% dos 16.402 voluntários. O estudo foi realizado com homens e mulheres ente 18 e 30 anos de idade. Metade deles recebeu a vacina, e a outra metade, um placebo. Dos voluntários que receberam o placebo, 74 de 8.198 foram infectados, contra 54 em 8.197 dos que foram imunizados com a vacina. Um relatório mais detalhado sobre a pesquisa será apresentada na Conferência de Vacinas da AIDS, de 19 a 22 de outubro, em Paris.


Números - Segundo dados das Nações Unidas, cerca de 33 milhões de pessoas vivem com HIV em todo o mundo, a maioria na África. São registradas em torno de 7,4 mil novas infecções a cada dia.

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