segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Pesquisadores desenvolveram uma terapia genética experimental capaz de manter o HIV sob controle permanente

Pesquisadores desenvolveram uma terapia genética experimental capaz de manter o HIV sob controle permanente - uma descoberta que pode ser um passo importante para a cura da aids. O estudo foi feito por cientistas da Sangamo BioSciences, companhia que está desenvolvendo o tratamento, e divulgado durante a Conferência de Interciência sobre Agentes Antimicrobianos e Quimioterapia, em Chicago.

Opinião do especialista

Ricardo Shobbie Diaz
Infectologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

"É mais uma etapa que deixa a cura da infecção pelo HIV muito próxima. Porque a resposta pode estar no gene CCR5. Os pesquisadores provaram o conceito que a manipulação genética que retira esse receptor consegue melhorar bastante a imunidade das pessoas. Essa prova pode ajudar para montar uma estratégia ampla para a cura do HIV.

O próximo passo para a cura consiste na combinação de cinco estratégias: uso de antiretrovirais, intensificação do tratamento, tratamento precoce, vacina terapêutica e manipulação genética."

A terapia genética funciona bloqueando o vírus fora dos linfócitos T CD4, que é o principal alvo do HIV e responsável por administrar o sistema imunológico para o controle de infecções. Dez pacientes que participaram do estudo estavam fazendo terapia antiretroviral quando o estudo começou. Após quatro semanas, seis deles fizeram uma pausa no tratamento - e pararam de tomar a medicação antiviral por 12 semanas.

A carga viral diminuiu em três dos seis pacientes. Um deles teve a carga reduzida a níveis indetectáveis. Os outros dois registraram uma queda de dez vezes a circulação do vírus. "Estamos entusiasmados com os resultados desse estudo fase 1. Ter um paciente livre do vírus e outros dois com reduções significativas é incrível", disse Jeff Nichol, presidente-executivo da Sangamo BioSciences à New Scientist.

Pesquisa – Para o estudo, os cientistas tiraram sangue dos pacientes e isolaram os linfócitos CD4 e outros glóbulos brancos. Eles utilizaram uma 'tesoura molecular' chamada dedo de zinco, uma proteína capaz de entrar nas células e sabotar o gene CCR5, que ajuda o HIV a entrar nas células. Não está claro qual o papel que o gene CCR5 desempenha normalmente, mas os especialistas sabem que as células conseguem sobreviver sem ele — e ainda conseguem ficar sem a infecçã o por HIV. Depois, essas células são devolvidas ao paciente, com o objetivo de que elas se multipliquem e forneçam uma fonte permanente de células saudáveis do sistema imunológico — bloqueando assim completamente o HIV.

A ligação entre o HIV e o gene CCR5 foi sugerida pela primeira vez em 1996. O conceito foi testado pela primeira vez na Alemanha, em 2006. Na ocasião, uma pessoa com leucemia e que também tinha aids recebeu um transplante de medula óssea. O transplante veio de uma pessoa que as células sanguíneas não produziam as proteínas CCR5. Segundo o acompanhamento médico, opaciente ficou livre de HIV até 2008.

Em geral, a maioria das pessoas têm duas cópias do gene CCR5 — uma da mãe e a outra do pai. O paciente que obteve o melhor resultado tinha uma cópia defeituosa do gene CCR5. O que, segundo os pesquisadores, pode explicar porque a terapia funcionou melhor nele do que nos outros. Edward Lanphier, chefe executivo da Sangamo, estimou, segundo à agência Reuters, que entre 5 e 10% dos pacientes HIV são portadores dessa mutação genética. Cerca de 33 milhões no mundo todo possu em o vírus HIV.

O segredo, segundo os pesquisadores, é tentar eliminar ambos os genes dessas células. Se apenas um for sabotado, as células ainda podem produzir a proteína CCR5 e permitir que o vírus invada o organismo. Ao ter o gene CCR5 duplamente sabotado, não há nenhuma chance do vírus entrar, acreditam os cientistas.

Fonte: Revista Veja

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

GTP+ participa do I Encontro de Usuários das Farmácias de Pernambuco

Na próxima sexta-feira (23) o Grupo de Trabalhos em Prevenção Posithivo participa do I Encontro de Usuários das Farmácias de Pernambuco, em Recife. O evento que é promovido pela Superintendência de Assistência Farmacêutica de Pernambuco será realizado no Pátio da antiga SES, no bairro da Boa Vista, a partir das 8h da manhã.

Na programação, haverá mesas temáticas e apresentações culturais durante toda a manhã. No palco principal o Grupo de Teatro do GTP+ apresenta a peça “Lampião e Maria Bonita em tempo de AIDS”, às 9h30. Além disso, a população também poderá contribuir com a instituição através do Bazar Solidário, que estará com produtos a venda para arrecadar recursos para os projetos do GTP+, a exemplo de quadros, jarros, cerâmicas à preços populares. A Cozinha Solidária também marca presença no Encontro.

Os usuários terão acesso à informações sobre Tabagismo: Prevenção e tratamento; Prevenção de DST/HIV – AIDS; Como prevenir Hanseníase; Uso racional de medicamentos; Como prevenir Tuberculose; Plantas medicinais e fitoterápicos no Estado de PE: Resgate a cultura popular; entre outros. O Encontro é aberto a usuários das Farmácias de Pernambuco, colaboradores e funcionários da Secretaria de Saúde de Pernambuco.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Dilma admite flexibilização de patentes de medicamentos durante discurso na ONU em Nova York

“A defesa pelo acesso a medicamentos e a promoção à prevenção à saúde devem caminhar juntas. O Brasil respeita seus compromissos em matéria de propriedade intelectual, mas estamos convencidos de que as flexibilidades previstas no Acordo Trips [Acordo Relativo aos Aspectos do Direito da Propriedade Intelectual Relacionados com o Comércio, na sigla em inglês] da OMC [Organização Mundial do Comércio], na Declaração de Doha sobre Trips e saúde pública, e na Estratégia Global sobre Saúde Pública são indispensáveis para políticas que garantam o direito à saúde”, disse Dilma.

O Acordo Trips estabelece padrões mínimos no âmbito do direito internacional relacionados às patentes, incluindo as de medicamentos. Países membros da ONU concordaram com certos padrões comuns na forma de elaboração e implementação de legislações de propriedade intelectual. Estes padrões incluem, entre outros, que as patentes devem ser concedidas durante um período mínimo de 20 anos, que as patentes podem ser concedidas para produtos e processos e que informações de testes de medicamentos podem ser protegidas contra o uso comercial desleal.

No discurso, a presidenta disse que o Brasil defende o acesso aos medicamentos "como direito humano à saúde e que é fundamental que haja coordenação entre as políticas de saúde e as destinadas a lidar com os determinantes socioeconômicos dessas enfermidades”.

"Flexibilização de patentes permitiu acesso universal ao tratamento da aids no Brasil", ressalta Padinha

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acompanhou Dilma no evento na ONU. Para ele, é fundamental flexibilizar as patentes dos medicamentos destinados às doenças crônicas não transmissíveis para que mais brasileiros tenham acesso aos tratamentos. Padilha disse que "foi a flexibilização das patentes que permitiu que hoje 200 mil pessoas com o vírus HIV tenham acesso aos medicamentos."

Ele acrescentou que a adoção de uma espécie de banco de preços – comparando o valor cobrado por medicamentos estrangeiros e nacionais – levou o governo a economizar R$ 600 milhões. “A prioridade deve ser a saúde pública. Ela deve vir em primeiro lugar”, disse o ministro.

Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Previdência Social abre consulta pública sobre diretrizes para a perícia médica em pessoas com HIV, aids e outras doenças infectocontagiosas

No documento oficial em que consta uma sistematização de possíveis conclusões dos médicos em relação a requerimentos de pessoas com HIV/aids, os critérios são divididos entre principais e relevantes (acesse aqui para ler na íntegra).

Entre os elementos que mais pesam na decisão, constam a evolução da doença; a presença de sintomas decorrentes da aids e dos efeitos colaterais dos remédios; questões psicossociais e o número de células CD4, que indicam a capacidade de imunidade do organismo. Já entre os fatores relevantes estão exames complementares, como o que indica a quantidade viral; além de fatores “psicossociais adicionais e potencialmente agravantes para o quadro”.

As avaliações podem ter como conclusão ausência de incapacidade laboral; afastamento por 30, 60 ou 90 dias; reabilitação profissional; afastamento por 2 anos com revisão após esse prazo; e aposentadoria por invalidez, sem limite definido.

Para participar, os interessados devem encaminhar ao Instituto Nacional do Seguro Social – INSS. Pode ser via carta, pelo endereço Setor de Autarquias Sul, Quadra 2, Bloco O, 7º andar, Sala 712, Brasília-DF, CEP 70070-946; pelo fax número (61) 3313-4321 ou o e-mail diretrizes.medicas@previdencia.gov.br, com a indicação "Sugestões Diretrizes de Apoio à Decisão Médico-Pericial em Clínica Médica – Parte II.

Ativistas reclamam de perícias do INSS

Em julho deste ano, ativistas que atuam na luta contra aids reuniram-se com o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves (foto), apontando falhas no auxílio doença e na ‘desaposentadoria’ de soropositivos. Na ocasião, os militantes queixaram-se que mesmo com atestados médicos de inaptidão para trabalhar, portadores do HIV e doentes de aids possuem dificuldade de receber o auxílio financeiro da Previdência. Além disso, muitos daqueles que são aposentados por invalidez estariam sendo convocados a se reapresentarem ao trabalho sem condições físicas para exercerem suas funções.

“A Previdência está usando como critério para avaliar se as pessoas com HIV estão aptas a trabalhar apenas os exames de CD4 e carga viral”, avaliou Josimar Pereira, do grupo Pela Vidda de Niterói durante o Programa Cidadania em Destaque, veiculado na allTV. “Não há nenhum tipo de avaliação psicológica para analisar a real situação dos pacientes”, acrescentou.

O assunto também foi discutido no Encontro Estadual de ONG/Aids de São Paulo e no Encontro Regional de ONG/Aids do Sudeste, realizados respectivamente em julho e agosto deste ano.


Fonte: Redação da Agência de Notícias da Aids

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O GTP+ está selecionando voluntários

A partir de amanhã (08) o GTP+ está selecionando voluntários para atuar junto às pessoas vivendo com HIV e AIDS, em Recife. Serão dois dias de seleção e preparação de voluntários, com capacitação dentro metodologia do projeto Buddy.
Este projeto visa fortalecer às pessoas vivendo com HIV e AIDS em sua auto-estima, com visitas regulares em seus lares ou nos hospitais. O projeto está sendo realizado também na Bahia, em parceria com o GAPA –Bahia.

Para participar é simples

Se você tem o interesse de contribuir com mais esta luta, e quer ser solidário ou solidária, basta entrar em contato com o GTP+ pelo telefone 3231.0905 ou pelo e-mail: vilmapessoa@gtp.org.br ou gtp@gtp.org.br.

Seleção e Preparação de voluntários

Dia: 08 e 09 de setembro de 2011
Hora: 9h às 17h
Local: Sede do GTP+, na Manoel Borba, nº 487, 1º andar – Boa Vista, Recife.

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