segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

GTP+ promove estratégias de prevenção junto aos profissionais do sexo



O Grupo de Trabalhos em Prevenção Posithivo (GTP+) realiza desde 2002 ações voltadas a população de profissionais do sexo - homens, travestis e mulheres transexuais -, através do Projeto Mercadores de Ilusões buscando fortalecer a auto estima, cidadania, empoderamento e postura de protagonismo social.

Por meio de oficinas de qualificação com temas direcionados à prevenção as DSTs e HIV/AIDS e a formação de agentes multiplicadores junto aos profissionais do sexo que atuam na cidade do Recife, o GTP+, por meio do Mercadores, objetiva promover um espaço de discussão, informação e elaboração de propostas para o enfrentamento dos desafios e vulnerabilidade dos profissionais. 


"A partir de nossas oficinas criamos o sentimento de conscientização desses profissionais para pleitear espaços na sociedade, assim como a postura autônoma em relação a vizinhança, aos clientes, ao uso de preservativos e a administração da renda", explicou o coordenador do Mercadores de Ilusões, Azael Santos.

A atividade desempenhada pelo profissional do sexo surge, muitas vezes, como forma de sobrevivência financeira, porém pode acarretar um conjunto de vulnerabilidades como as doenças sexualmente transmissíveis, violência urbana, lgbtfobia e até mesmo o tráfico de pessoas. 


Como ponto de destaque nas violações de direitos humanos, o tráfico de pessoas inicia-se por meio de uma proposta de relação afetiva estável, trabalho, moradia, etc. Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), cerca de 1 milhão de pessoas são traficadas no mundo anualmente. Cerca de 79℅ das pessoas traficadas são para fins de exploração sexual. A atividade chega a movimentar 32 bilhões de dólares por ano, e é apontada como a atividade criminosa mais lucrativa. Para discutir e previnir o tráfico de seres humanos, o GTP+ passou a integrar o Comitê Pernambucano de Combate ao Tráfico de Pessoas. 

As abordagens noturnas realizadas pelos Grupos Operativos, formados pelos educadores e educandos do Mercadores de Ilusões, se dá uma vez por semana nos locais de aglomeração dos profissionais do sexo mapeados anteriormente pela equipe. Nesses encontros são observadas as violações de direitos ligadas a profissão e busca-se qualificar o público como agente observador de ameaças, além de tirar dúvidas sobre as questões que envolvem os profissionais do sexo. Também são realizadas ações preventivas junto à polícia na garantia da segurança e respeito aos direitos humanos. A experiência do Mercadores de Ilusões será contada em uma publicação lançada no próximo ano. 


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