quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Camisinha ainda é pouco usada por brasileiros

Um levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde com base em 79.075 pessoas que procuraram Centros de Aconselhamento e Testagem para realização do exame de HIV entre os anos de 2000 e 2007 apontou que cerca de 43,7% dos entrevistados - a maioria - afirmou confiar no parceiro e, por isso, não utiliza a camisinha. Apesar do recorde na distribuição de camisinhas em 2008 – um total de 406 milhões – o Ministério da Saúde considera que o número de unidades não é capaz de atender toda a população e alerta que o brasileiro ainda precisa criar o hábito de usar o preservativo.

Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, o diretor-adjunto do Programa Nacional de DST/AIDS, Eduardo Barbosa, explicou que as atividades sexuais da população brasileira são bem maiores do que a disponibilização do ministério, mesmo com esses 406 milhões de unidades.

Em segundo lugar, com 13,6%, ficaram os que dizem não gostar da camisinha, seguindo pelos que alegaram não ter informação sobre os riscos, com 7%, e pelos que disseram que o parceiro não aceita o uso, com 6,4%. Entre os 27.964 entrevistados que disseram confiar no parceiro, 23,5% informaram terem tido relações com parceiros eventuais.

Camisinha é, atualmente, o mecanismo mais eficiente para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e também para o planejamento familiar, mas não é 100% segura. Estimativas do Ministério da Saúde apontam existência de 630 mil casos de infectados no Brasil. . Entre 1980 e junho de 2008, o país registrou 506.499 casos da doença, com 205.409 mortes em sua decorrência.

Segundo os dados do governo, a região com maior incidência do vírus é a Sudeste, com 60,4 dos casos registrados para cada 100 mil habitantes entre 1980 e 2000. Já a região Sul concentra 18,9 casos/100 mil habitantes dos registros. Em terceiro lugar está a região Nordeste (11,5 casos/100 mil habitantes), seguida pela região Centro-Oeste (5,7 casos/100 mil habitantes) e pela região Norte (3,6 casos/100 mil habitantes). O maior aumento foi registrado na região Norte, que passou de 6,8 casos/100 mil habitantes em 2000 para 14 casos/100 mil habitantes em 2006.


Fonte: Globo.com, GazetaWeb e Repórter Diário.

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