segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Sobrevida dobrou entre 2000 e 2007
Portadores ainda lutam contra o preconceito, mas conquistam direitos
BRASÍLIA. Três décadas depois dos primeiros registros dos casos de AIDS no Brasil, a principal categoria de exposição da doença não é mais a dos homossexuais, mas a dos heterossexuais.
A diretora do Departamento de AIDS, Mariângela Simão, diz que ainda assim, até hoje, há resquícios do estigma contra os portadores do HIV.
Ela lembra que documentos do Ministério da Saúde daquela época classificavam a doença como uma "epidemia gay" e se pregava a restrição a um único parceiro nas relações sexuais: - Até hoje há discriminação, uma marca do início da epidemia.
Essa questão moralista sempre esteve presente. No começo, as pessoas se aposentavam, eram afastadas do emprego.
A luta hoje ainda é pela não exclusão do SOROPOSITIVO.
A diretora se recorda de que o final dos anos 80 e o início dos 90 foram períodos marcados também pela aparição de celebridades contaminadas pelo HIV, como a atriz Sandra Bréa, o cantor e compositor Cazuza e o sociólogo Betinho.
- A doença ganhou publicidade.
Mas foi só a partir de 1996, numa conferência internacional de AIDS em Vancouver, no Canadá, quando foi apresentado o coquetel antiAIDS, que o cenário começou a mudar. No Brasil, a sobrevida dos pacientes dobrou entre 2000 - quando era de 58 meses - e 2007, quando chegava a 108 meses.
- Na década de 80, o tempo entre o diagnóstico e o óbito era de cinco meses. Nos anos 90, foi para cinco anos e chegamos agora a dez. Isso muda a perspectiva - diz Mariângela.
"O tratamento passou a ser ambulatorial", diz paciente
Gerson Winkler diz que a chegada dos medicamentos foi um momento mágico para quem vive com o HIV e desenvolveu a AIDS: - Foi um sopro de vida.
Para ele, a atual década é a da conquista dos direitos civis dos portadores do vírus.
- É uma época em que as pessoas estão retomando suas vidas e voltando ao trabalho.
Acabou a internação dos pacientes e o tratamento passou a ser ambulatorial.
Segundo dados do Ministério da Saúde, 85% dos municípios do país têm pelo menos um caso de HIV registrado.
O Brasil tem uma epidemia concentrada, com taxa de prevalência de infecção pelo HIV de 0,6% na população de 15 a 49 anos.
Do total de registros de AIDS no país, foram identificados cerca de 315 mil casos em homens e cerca de 160 mil em mulheres. Mas, ao longo do tempo, a razão entre os sexos diminuiu de forma progressiva.
Em 1985, eram 15 casos de doença em homens para um em mulher. Essa relação, hoje, é de 1,5 para 1.
Fonte: O Globo - RJ
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Nota pública
As entidades abaixo-relacionadas vêm, por meio deste, protestar contra o anúncio da indicação, pelo Governo Federal , do Sr. Maurício Ceschin para o cargo de Diretor de Desenvolvimento Setorial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
A informação foi veiculada pelo Jornal O Estado de São Paulo, em 26 de agosto de 2009 (Página A22).
O indicado ocupava até recentemente a presidência executiva do grupo Qualicorp, uma corretora de seguros que comercializa planos e seguros de saúde coletivos, intermediando interesses das maiores operadoras de planos de saúde com fins comerciais e lucrativos.
Está caracterizado um evidente e inadmissível conflito de interesses.Tendo em vista a sua relação com este setor regulado pela ANS, trata-se de uma indicação que fere a independência nas decisões técnicas do órgão e vai contra o interesse público, uma vez que cabe à Agência normatizar, controlar e fiscalizar as atividades dos planos e seguros de saúde privados.
A ANS, criada pela Lei 9.961/2000, é uma autarquia especial vinculada ao Ministério da Saúde. As implicações éticas e os conflitos de interesse referentes à ligação de diretores da ANS com o setor privado lucrativo da assistência suplementar foi assunto tratado no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre os Planos de Saúde, realizada pela Câmara Federal em 2003, que contou com a participação ativa do Conselho Nacional de Saúde.
O governo federal e a ANS até hoje não cumpriram uma série de recomendações da CPI, em evidente desrespeito ao Congresso Nacional.
Causa estarrecimento verificar a tentativa de tornar a ANS um palco aberto para a projeção de vultosos negócios que envolvem a abertura de capitais, fusões e aquisições de empresas. Ao mesmo tempo, persistirá o jogo de empurra de clientes de planos e seguros de saúde para a rede pública.
Se confirmada tamanha distorção na composição do quadro de diretores da ANS, perderá, mais uma vez, a sociedade brasileira.
Causa-nos especial preocupação o fato de que cabe ao Diretor de Desenvolvimento Setorial da Agência Nacional de Saúde Suplementar, entre outras atribuições e competências, cuidar do ressarcimento ao SUS.
Segundo a Lei dos Planos de Saúde, o ressarcimento ao SUS deve acontecer toda vez que um cliente de plano privado é atendido em um hospital ou serviço público de saúde. Mas, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), entre 2003 e 2007 o SUS deixou de receber pelo menos R$ 2,6 bilhões.
O TCU declarou que a ANS é morosa e ineficiente na cobrança do ressarcimento, prejudicando, assim, o Sistema Único de Saúde, que já sofre com o problema do subfinanciamento.
Para equacionar o fracasso do ressarcimento ao SUS, esperava-se, portanto, uma indicação que, a partir da fixação de priorioridades de defesa do público, proporcionasse maior articulação da ANS com o Ministério da Saúde e instâncias do Sistema Único de Saúde, como as secretarias de saúde, a Comissão Intergestores Tripartite e o Conselho Nacional de Saúde.
Deu-se o contrário: a indicação de pessoa próxima a grupos de interesses privados lucrativos que pleiteam inúmeros beneficios públicos tais como deduções e isenções fiscais e créditos para dar sustentação a suas iniciativas empresariais.
Também declaram-se permanentemente contrários às ações de regulação voltadas a controlar preços e ampliar as coberturas do sistema suplementar. .
E não é só. As principais decisões da ANS são tomadas de forma colegiada, com a participação de todos os diretores. A presença de diretor vinculado a a interesses explicitamente empresariais compromete de saída a necessária isenção na tomada de decisões, que devem se balizar pelo atendimento ao interesse público.
Ressaltamos que a referida indicação aumentará ainda mais a fragmentação interna da ANS, inviabilizando sua condição de agência pública que deve atuar na garantia da saúde da população. O novo diretor nomeado poderá assumir a Presidência da ANS em 2010, uma vez que o atual Presidente está em fim de mandato.
Conclamamos as entidades da sociedade civil, as autoridades governamentais, deputados e especialmente os Senadores da República, para que se juntem a nós na defesa de uma ANS pública, que não pode ser capturada e entregue a agentes e interesses privados.
Fórum de ONG AIDS do Estado de São Paulo
Fórum de ONG AIDS do Rio Grande do Sul
Fórum de Articulação AIDS de Pernambuco
Grupo Hipupiara Integração e Vida de São Vicente/SP
MOPEM - Movimento dos Portadores de Esclerose Múltipla
Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA)
RSP+ CE
RNP+ RN
RNP+ TO
RNP+ DF
Centro de Educação Sexual - CEDUS
Libertos Comunicação - BH - MG
Rede Amizade e Solidariedade
Grupo solidariedade é Vida
IBISS - Instituto Brasileiro de Inovações em Saúde Social
Fórum ONGs Tuberculose
Grupo GASP de MG
Instituto Vida Nova integração Social Educação e Cidadania
Projeto Esperança - Apoio e Prevenção ás DST/HIV/AID
GHC - Grupo Homossexual do Cabo
GRAB – Grupo de Resistência Asa Branca
Casa Servo de Deus
RNP+ Ribeirão Preto
Articulação Bahiana de ONGs/AIDS
Grupo de Trabalhos em Prevenção Posithivo - GTP+
Grupo União Pela Vida
GIV - Grupo de Incentivo a Vida
MGB- Movimento Gay de Barbacena
Publicado por GTP+ às 09:27 0 comentários
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Em Natal pacientes de AIDS tem seus direitos cassados
Fonte: Diário de Natal
Publicado por GTP+ às 13:13 0 comentários
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Casa Herbert de Souza promove Show Beneficente
Publicado por GTP+ às 12:19 0 comentários
Seminário no Rio: “Prevenção das DST/AIDS: Novos Desafios”
Publicado por GTP+ às 12:13 0 comentários
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Brasil participa de Campanha Mundial de Prevenção da AIDS
Publicado por GTP+ às 09:52 0 comentários
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
GTP+ participa da 9ª Semana da Cidadania do METROREC
Todos os anos o Metrorec promove a semana da cidadania, com emissão de documentos, ações de saúde, educação, orientações diversas e apresentações culturais. Além do GTP+, outras organizações também participam do evento.
Estação Camaragibe
Publicado por GTP+ às 10:40 0 comentários
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Plano Estadual Integrado de Enfrentamento à Feminização da Epidemia de AIDS e outras DSTs
Publicado por GTP+ às 11:36 0 comentários
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Inscrições abertas para o Seminário HIV/AIDS e Deficiências
O encontro é aberto para ativistas, movimentos sociais, conselhos de direitos,representantes de órgãos governamentais das áreas da Saúde, Educação e Promoção de Direitos, entre outras. Promovido pelo Serviço Internacional (IS Brasil), Amankay - Instituto de Estudos e Pesquisas, Apôitchá, e UFPB, esperam contar com 300 participantes. A inscrição pode ser realizada pelo e-mail: seminarioaidsedeficiencias@gmail.com.
Publicado por GTP+ às 11:13 0 comentários
Últimas semanas para participar do Encontro REDOR
Estudantes e organizações dos movimentos de mulheres tem até o dia 20 de agosto para se inscrever e entregar resumos e trabalhos para publicação, do XV Encontro daRedor e do IV Encontro de Pesquisadoras sobre Gênero do Maranhão. Com o tema central “A produção do conhecimento feminista: memória e ação política dos estudos na contemporaneidade”, o encontro acontece de 22 a 25 de setembro, no São Luís do Maranhão.
Mesa Redonda – Palestrantes
1. Os estudos de gênero e educação: de Nísia Floresta aos tempos atuais
Dra. Maria Eulina Pessoa Carvalho – UFPB
Dra.Diomar Motta – UFMA
Coord. Dra.Themis Parente - UFTO
2. Política e Poder da interdição das mulheres à Lei das Cotas:de Mary Wollstonecraft às pensadoras atuais
Dra. Glória Rabay - UFPB
Dra. Mary Ferreira – UFMA
Dra. Maria Luzia Álvares - UFPA
3. Gênero, Relações de Trabalho e questões rurais: avanços e desafios
Dra. Ildete Pereira - UFF
Dra.Maria do Rosário de Fátima Sousa – UFRPE
Dra Iraildes Caldas Torres - UFAM
Coord. Dra.Helena Santana - UFSE
4. A tradução do conhecimento feminista na militância política
Dra.Gemma Esmeraldo -UFCE
Dra. Betânia d’Ávila - SOS CORPO/RECIFE
Mini Cursos - Professoras Ministrantes
1.Epistemologia Feminista
Dra. Cecília Sardenberg – UFBA
2. Introdução aos estudos de Gênero
Dra Margareth Lopes - UFAC
3. Mulher e Poder: discutindo dados eleitorais
Dra. Maria Luzia Miranda Alvares
4. Fontes de Informação em Gênero, Poder e Participação Política: comotrabalhar com dados
Dra Mary Ferreira/ Msc Aldinar Bottentuit
5. Como construir estudos acadêmicos: estrutura e normalização conforme ABNT
Msc Silvana Vetter
6. Mulher e Trabalho: Discutindo indicadores sociais
Dra. Ildete Pereira – UFF
7. Observatório da Lei Maria da Penha – Discutindo dados no Norte e Nordeste
Dra. Silvia Aquino
Grupos de Trabalho REDOR - PARA ENVIO DE RESUMOS - ATE 20/08/2009
Professoras/es Coordenadoras/es /Email
1. GT “Gênero e Educação
Profª Dra.Ligia Pereira dos Santos (UEPB)
E-mail: ligia.ceduc@ig.com.b
2. GT “Gênero e Geração
Marion Teodosio de Quadros (UFPE)
E-mail: marionteodosio@yahoo.com
3. Gênero e Saúde
Jorge Lyra (Instituto Papai/UFPE)
E-mail: jorgelyra@papai.org.br
4. GT “Gênero e Violência”
Profª Dra Fernanda Marques de Queiroz (UERN)
E-mail: fernandamq@uol.com.br
5. Gênero, Identidade e Cultura”
Profª Dra Iraildes Caldas Torres (GCCTS/UFAM)
E-mail: ppgsca@ufam.edu.br; ictorres@vivax.com.br
6. GT “Gênero, Relações de Trabalho e Meio Ambiente”
Profª Dra Isaura R. Fischer (FUNDAJ)
E-mail: fischer@hotlink.com
7. GT “Gênero, Literatura e Comunicação
Profª Dra Margarete Lopes (REDOR/ UFAP)
E-mail: maga.lopes@gmail.com
Vice Coordenadora:Joyce Otania Ribeiro
Email_ joyce@ufpa.br
8 GT “Feminismo e Política”
Profª Dra Mary Ferreira (UFMA)
E-mail: mmulher13@hotmail.com
Publicado por GTP+ às 10:48 0 comentários
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